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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou a BRS Terena, uma nova cultivar de amora-preta desenvolvida para o consumo in natura. Com características como alta produtividade, sabor doce, baixa acidez e excelente conservação pós-colheita, a novidade promete vantagens significativas para agricultores e consumidores.
A produção média estimada da BRS Terena é de 1,2 kg por planta, podendo chegar a 1,8 kg em condições ideais. O lucro líquido por hectare é estimado em R$ 30 mil, de acordo com dados da Embrapa. Um dos diferenciais da cultivar é a menor densidade de espinhos em comparação à variedade Tupy, facilitando o manejo e a colheita.
O sabor doce-ácido é um dos grandes atrativos da BRS Terena, com um teor de sólidos solúveis (Brix) de 10,3º, superior aos 8,9º da Tupy e aos 9,5º da BRS Cainguá. Além disso, testes laboratoriais comprovaram que a fruta mantém sua cor, firmeza e sabor por até 10 dias em armazenamento refrigerado, superando outras variedades do mercado.
Indicada para cultivo nas regiões Sul, Sudeste e em partes do Nordeste do Brasil, a BRS Terena apresentou alto desempenho em experimentos conduzidos na região dos Campos de Cima da Serra (RS), sob a supervisão da pesquisadora Andrea de Rossi, da Embrapa Uva e Vinho. Em condições ideais, a produção chegou a superar a da Tupy.
A nova cultivar será lançada oficialmente no Dia de Campo da Estação Experimental de Fruticultura de Clima Temperado, em Vacaria (RS), no dia 27 de novembro. Após o evento, as mudas estarão disponíveis para compra em viveiros licenciados, como o Frutplan Mudas, em Pelotas (RS), e o Guatambu Viveiro de Mudas, em Ipuiúna (MG).
O nome BRS Terena homenageia os povos indígenas brasileiros, refletindo a tradição do programa de melhoramento genético da Embrapa. A cultivar é fruto da parceria entre os centros de pesquisa Embrapa Clima Temperado e Embrapa Uva e Vinho, ambos situados no Rio Grande do Sul.
Fonte: Portal do Agronegócio