Globo
A Apple lançou em mais 4 países a ferramenta que permite ao usuário de iPhones baixar, alterar ou excluir todos os dados que a fabricante coletou sobre eles.
Ela foi revelada no início deste ano para usuários da União Europeia, em resposta à legislação que regulamenta a proteção de dados na região. E agora chega aos Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
Até o fim do ano, ele deve estar disponível em todo o mundo, segundo a Apple.
Dispositivos como o iPhone ou o Apple Watch coletam dados detalhados sobre os usuários, como para quem telefonam, enviam emails e mensagens de texto e até mesmo dados biométricos, como batimentos cardíacos e impressões digitais.
Mas a prática da empresa tem sido manter muitos desses dados nos próprios dispositivos e criptografá-los com o código de acesso do usuário, o que significa que a Apple não possui os dados e não pode acessá-los se solicitada por autoridades.
Privacidade
Apesar disso, a empresa coleta e armazena algumas informações que são aplicadas para melhorar o uso do aparelho. Por exemplo, a Apple coleta dados sobre os hábitos de leitura dos usuários para melhorar sugestões em seu aplicativo Apple News.
Mas ela diz que esses dados estão vinculados a um identificador anônimo, em vez de um perfil pessoal, não estão conectados a outros serviços e podem ser redefinido a qualquer momento.
A Apple também incluiu em seu guia para usuários novas instruções de como ajustar suas configurações de privacidade.
A empresa procura transformar sua política de privacidade em uma vantagem comercial contra seus rivais do setor de tecnologia.
No início do ano, o presidente-executivo, Tim Cook, chegou a dizer que a Apple "não estaria nessa situação", se referindo a quando o Facebookfoi investigado pelo uso indevido de dados dos usuários pela Cambridge Analytica.
Na ocasião, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, chamou os comentários de Cook de "extremamente simplórios".