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Mundo Quarta-feira, 14 de Fevereiro de 2024, 05:11 - A | A

14 de Fevereiro de 2024, 05h:11 - A | A

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Explosão no sol gera apagão na América do Sul

A monstruosa explosão solar foi acompanhada por uma ejeção de massa coronal (EMC)

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Na última sexta-feira (9), o sol teve a segunda maior explosão em anos com registro de apagão de rádio em ondas curtas em toda a América do Sul, África e no Atlântico Sul. A explosão solar ocorreu na mancha solar AR3575 às 10h14 da sexta-feira pelo horário de Brasília e foi captada pelos sensores da NASA.

Por sorte, a mancha solar se moveu para além da borda do sol, colocando a Terra fora de sua linha de mira direta. “Quem sabe quão grande teria sido essa explosão se tivesse acontecido deste lado do sol”, escreveu o físico solar Keith Strong.

A monstruosa explosão solar foi acompanhada por uma ejeção de massa coronal (EMC), uma grande liberação de plasma do campo magnético do Sol. Se uma EMC atinge a Terra, pode causar perturbações em nosso campo magnético e levar a tempestades geomagnéticas, que podem ser problemáticas para satélites em órbita terrestre, mas uma alegria para os observadores de auroras em busca de grandes exibições.

Assim, como o local do sol em que a explosão ocorreu não estava voltado para a Terra, o nosso planeta escapou dos piores efeitos. Um modelo da NASA indica que a ejeção de massa coronal liberada pela explosão vai atingir neste fim de semana Vênus, Mercúrio e Marte.

 

Embora a explosão não tenha se dado na direção da Terra, isso não significa que não sejamos afetados. A explosão da classe X causou extensos apagões de rádio de ondas curtas devido ao forte pulso de raios-X e radiação ultravioleta extrema enviados em direção à Terra no momento da erupção.

Viajando à velocidade da luz, a radiação atingiu a Terra em pouco mais de oito minutos e ionizou a camada superior da atmosfera da Terra – a termosfera – desencadeando apagões de rádio de ondas curtas (em vermelho no mapa) na parte iluminada pelo sol da Terra naquele momento, incluindo América do Sul, África e o Atlântico Sul.

WPC/NOAA

As erupções solares ocorrem quando a energia magnética se acumula na atmosfera solar e é liberada em uma intensa explosão de radiação eletromagnética. Elas são classificadas em grupos de letras de acordo com seu tamanho, sendo a classe X a mais poderosa, seguida pela classe M, que é 10 vezes menor, e depois pelas classes C, B e A, esta última sendo muito fraca para causar impacto significativo na Terra.

Os efeitos da explosão solar de ontem persistem neste sábado. Pelo segundo dia consecutivo, prótons energéticos do sol estão atingindo a Terra, configurando uma “tempestade de radiação solar” classificada como evento de categoria S2. No entanto, para as pessoas na superfície terrestre, não há risco.

Com informações de MetSul

 



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