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Opinião Segunda-feira, 25 de Março de 2024, 11:23 - A | A

25 de Março de 2024, 11h:23 - A | A

Opinião / LICIO ANTÔNIO MALHEIROS

Política do Pão e Circo

LICIO ANTÔNIO MALHEIROS

Professor Lício Malheiros
CUIABÁ MAIS
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A política do pão e circo é uma expressão muito conhecida e remete ao império da Roma Antiga.

Nessa época, o imperador utilizava distrações como comida e entretenimento; tendo como objetivo central apaziguar a população.

A política do pão e circo na atualidade, para ser mais exato, século XXI, respeitando a historiografia, que é o estudo de como a história é escrita e, como nossa compreensão histórica muda com o tempo, chegando ao ponto de oferecimento de ‘picanha’, usando como metáfora; na tentativa de chegar ao poder.

A Política do Pão e Circo, vem do latim panem et circenses no qual os imperadores em Roma davam pão e trigo para os pobres nos espetáculos de luta de gladiadores.

O que mudou no século XXI, foram apenas, os métodos de oferecimento de benesses como: bolsa família, auxílio natalidade, auxílio moradia entre outros.

 Quanto ao entretenimento, aí são muitos como: futebol, carnaval, loteria, compra de votos e por aí vai.

Na Roma antiga, existiu a figura de Otávio Augusto primeiro imperador romano em 27 a.C, considerado apaziguador da sociedade em momento de crise e mudanças.

 Sua política pública, consistia na distribuição de pão para os pobres que se encontravam na rua, além de oferecer-lhes um trabalho em espetáculos nas arenas.

Após sua morte as crises retornaram e os governantes se inspiraram em sua política. Porém, de modo diferenciado, isso porque passaram a ser oferecidos pão e trigo aos pobres dentro dos espetáculos no Coliseu.

No Coliseu, todas as vítimas nessas arenas; pessoas morriam de formas criativas nas mãos dos gladiadores ou nas garras dos Leões, e a plateia aplaudia.

Voltando ao século XXI; os Coliseus, deram lugar aos estádios de futebol, guardado às devidas proporções; felizmente hoje nos estádios as pessoas   divertem e descontraem.  

A porta dos quarteis, se tornaram locais perigosos para ser ocupados pelos    manifestantes descontentes com a implementação de políticas públicas de um Governo.

 Estes manifestantes acreditavam piamente na observância e cumprimento de seus direitos fundamentais estabelecidos pelo Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, são eles: o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade e o direito de ir e vir. As condições do Artigo 5º da Constituição são considerados cláusulas pétreas.

Além, dos presos no dia 8 de janeiro de 2023, no dia seguinte, na segunda-feira (9), mais 1.927 pessoas que estavam no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, na capital federal, foram conduzidos à Academia Nacional de Polícia.

Desse total, 775 foram liberadas por serem idosos e mães de crianças menores, mesmo assim, restaram 1.152 pessoas na prisão. Depois de passarem por audiência de custódia, 938 permaneceram presas.

Desse montante ainda presos; o senhor Cleriston Cunha, mais conhecido como Clezão, preso em 8 de janeiro, morreu recentemente dentro de um presídio, sem ter cometido crime algum.

Não foi por falta de aviso, a defesa do Clezão, alertou sobre o estado de saúde do mesmo, porém seus algozes não tiveram pena dele, permitindo que ele morresse de forma trágica e anunciada.

Nem foi preciso sequer o uso de gladiadores ou leões para tirar a vida de uma pessoa honesta, trabalhadora, decente, que morreu por cometer crime de ‘opinião’, morrendo em prol de uma Nação.  Essas pessoas que cometeram essa atrocidade, irão arder no fogo do inferno.

Enquanto isso, o nosso presidente da República Lula, faz sérias acusações ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o acusando, de ter sumido com os moveis do Palácio do Planalto, num total de 261, acusação seríssima.

O presidente Lula diz “Se fosse dele, ele tinha razão de levar mesmo, mais ali é uma coisa pública, eu não sei por que tem que levar cama embora”.

Como o presidente da República e a primeira-dama, são pessoas desprovidas de vaidade pessoal e egocentrismo, supriram a necessidade comprando novos moveis, nada mais justo.

 A própria Secom coadunou com as compras ao dizer “Os itens são imprescindíveis”.

E assim foi feito, foram adquiridos 5 móveis e 1 colchão, sem licitação, para acomodar Lula e Janja.

 O valor mais alto foi pago em um sofá reclinável que custou a bagatela de R$ 65.140. Essa brincadeira custou aos cofres públicos a bagatela de R$ 196.770,00.

Enquanto isso, o país literalmente derrete, com déficit em 2023, aprovado pelo Congresso de um resultado negativo de até R$ 228 bilhões. Também superou a última projeção do governo, de novembro de 2023, que estimava um déficit de R$ 177 bilhões. Derrubando a projeção do ministro 'poste', que atribuía um rombo de até 100 bilhões ou 1% do PIB.

Eis que em um passo de mágica, os móveis apareceram, todos os moveis e objetos que tinham sido considerados desaparecidos do Palácio da Alvorada no início de 2023 foram encontrados.

É de saltar os olhos, pois qualquer secretaria de uma prefeitura, ou órgãos governamentais estaduais; existe um setor de Património Público que é responsável pelo conjunto de bens e direitos que pertencem ao Estado, seja ele, um município, um estado ou a União.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo



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