Allan Pereira | Secom-MT
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O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, afirmou nesta terça-feira, 10, que espera que o estado encerre 2025 com cerca de 4 mil quilômetros de rodovias concedidos — 2 mil já estão sob a gestão do setor privado. No final de novembro, Mendes informou que, em fevereiro de 2025, seis lotes de rodovias serão concedidos à iniciativa privada, totalizando 2 mil quilômetros.
"A logística desempenha um papel fundamental, e foi por meio de sua melhoria que conseguimos superar a marca de 100 milhões de toneladas [de grãos]. Essa evolução é crucial diante da perspectiva de uma supersafra, consolidando o agronegócio como a principal força da nossa economia", afirmou Mendes durante o Fórum Infraestrutura Cidades e Investimentos EXAME.
Ao todo, os blocos totalizam R$ 7,7 bilhões em investimentos previstos. O Lote 1 abrange 237 km entre Juara e Tapurah, com obras estimadas em R$ 700 milhões.
O Lote 2 é o que demanda maior investimento, com um capex projetado de R$ 1,8 bilhão para o trecho de 418 km entre Nova Mutum e Campo Novo do Parecis.
O Lote 3 cobre 161,3 km entre Cuiabá e Rosário Oeste, com obras avaliadas em R$ 1,2 bilhão, incluindo a duplicação de boa parte das vias. Já o Lote 5 (a numeração não segue uma sequência linear, pois alguns lotes estudados foram incorporados) abrange 308 km entre Paranatinga e Carana, com investimentos de R$ 1,1 bilhão.
O Lote 6, com investimentos significativos de R$ 1,75 bilhão, contempla 634 km entre Campo Verde e Sinop. Por fim, o Lote 8, que cobre 344 km entre Brasnorte e Castanheira, prevê um investimento de R$ 1,08 bilhão. A sessão pública da licitação está marcada para 7 de fevereiro, com entrega das propostas até o dia 4 do mesmo mês.
Logística no agro
Para o governador, o investimento em infraestrutura garante competitividade para o agronegócio do estado — um dos principais produtores de grãos e pecuária do Brasil.
"O Brasil tem muita coisa a se fazer. Precisa retirar o estado, criar marcos regulatórios um ambiente de negócios propícios para o Brasil. Recursos podem ser captados desde que tenham segurança jurídica no país", diz Mendes.
O governador disse que aumentar a capacidade de investimentos demandou um rigoroso ajuste fiscal, para equilibrar receitas e despesas. A medida, diz o governador, permitiu alcançar a capacidade de investir 20% da arrecadação total do estado. "Agora, temos que acertar o calibre desses investimentos no Brasil”, disse Mendes.