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Cotidiano Terça-feira, 02 de Outubro de 2018, 12:20 - A | A

02 de Outubro de 2018, 12h:20 - A | A

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CNJ cobra providências do TJ e pede segurança a juiz baleado

Magistrado foi ferido por homem que pedia que júri popular fosse marcado com rapidez

Mídia News



O ministro Humberto Martins, corregedor nacional de Justiça, cobrou do Judiciário do Estado segurança aos magistrados que estiverem no exercício de sua atividade em Mato Grosso.   A Corregedoria é um órgão vinculado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).   O pedido foi feito por meio de uma nota, enviada após o juiz Carlos Eduardo de Moraes de Silva, da 2ª Vara de Vila Rica (1.279 km de Cuiabá), ser baleado no ombro por um homem que respondia a processo de homicídio e que tentava pressionar o magistrado para que o júri popular fosse marcado com rapidez. Ele foi morto por seguranças do órgão.   O ministro cobrou informações acerca das providências adotadas pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Rui Ramos, no caso específico e também quanto à situação geral da segurança dos magistrados estaduais.   “Martins também manteve entendimento com o presidente da Associação dos Magistrados do Brasil, juiz Jayme de Oliveira Neto, e com o presidente da Associação dos Magistrados de Mato Grosso, juiz José Arimatéia Neves Costa, para que seja oferecida ao magistrado toda a segurança necessária para o exercício de sua atividade de Judicatura”, disse por meio de nota.  

O Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário (DSIPJ) do CNJ dará apoio para a efetivação desta e de outras ações que se façam necessárias para a garantia da segurança dos magistrados

“O corregedor Nacional de Justiça encaminhou um ofício ao desembargador Rui Ramos solicitando que todas as situações análogas e as providências que estão sendo adotadas sejam informadas à Corregedoria Nacional de Justiça”, afirmou.   Também por meio de nota, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmaram que o caso reforça a necessidade de e aprimorar procedimentos e infraestrutura de segurança nos prédios da Justiça brasileira.   “O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT) realiza um diagnóstico para melhorar a segurança dos prédios do Poder Judiciário local. Os estudos incluem a utilização de um sistema de controle de acesso de pessoas, com equipamentos como alarmes e detectores de metais. O Departamento de Segurança Institucional do Poder Judiciário (DSIPJ) do CNJ dará apoio para a efetivação desta e de outras ações que se façam necessárias para a garantia da segurança dos magistrados, servidores e visitantes, bem como das áreas e instalações de suas unidades judiciárias”, disse.   O caso   Informações levantadas junto aos servidores da Comarca relatam que o juiz Carlos Eduardo de Moraes havia acabado uma audiência de custódia, na tarde de segunda-feira (1º), quando um advogado entrou na sala seguido pelo agressor.   O homem sacou a arma escondida e, primeiro, ameaçou promotor de justiça Eduardo Zaque. O magistrado interveio na situação e deu início a uma luta com o agressor, que em seguida atirou.   A Polícia, que também estava no local e acompanhou o impasse, solicitou que Domingos largasse a arma, mas não obteve sucesso. O policial então disparou contra o agressor, que morreu no local.   O juiz foi encaminhado para o Pronto-Socorro do Município, que fica próximo ao fórum. Posteriormente, foi transferido para um hospital em Palmas (TO).   Segundo o Tribunal de Justiça de Mato Grosso, ele recebeu alta médica nesta terça-feira (2) e segue em recuperação.   Ainda segundo o TJ, o magistrado não irá retirar o projétil no momento e deve retornar à comarca na quinta-feira (4).

Divulgação

Juiz Carlos Eduardo de Moraes de Silva

O juiz Carlos Eduardo de Moraes e Silva, que foi baleado no Fórum de Vila Rica

  Um vídeo do circuito de monitoramento interno do Fórum flagrou o momento do ataque ao juiz.   Pela câmera instalada no corredor, é possível ver o momento de pânico que tomou conta do local e ouvir quando os disparos são feitos. O vídeo mostra o momento que o magistrado sai ferido da sala e corre.


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